(Princess Theatre)
Na sexta-feira de manhã do dia 22 de outubro de 1926, dois estudantes foram ao camarim visitar Houdini no Princess Theatre, em Melbourne.
Logo após entra um terceiro estudante, J. Gordon Whitehead.
Whitehead questiona Houdini, que estava entretido com sua correspondência.
Ato continuo, indaga a Houdini se ele suportaria um soco no estomago sem se machucar.
Houdini, distraído com a correspondência, respondeu que sim.
De pronto Whitehead desfere quatro rápidos jabs no estomago do mágico, pegando-o desprevenido.
As outras pessoas presentes tentaram arrancar o estudante do local, mas Houdini intercedeu.
Em seguida, durante o espetáculo, o estomago de Houdini passou a doer cada vez mais. Após o espetáculo e já de volta ao hotel, o mágico não consegue dormir por causa da dor.
Bess, achando que poderia ser algum desarranjo estomacal ou muscular, faz uma massagem em Houdini.
No dia seguinte, sábado, ao final da apresentação, Houdini contou a Bess o episodio do camarim, mas já era tarde da noite para acharem um medico.
Um assistente contatou o agente de Detroit, para onde a trupe seguiria no dia seguinte logo cedo, e solicitou que houvesse um medico aguardando o mágico no hotel.
O trem que levava Houdini e companhia para Detroit se atrasou, tendo o mágico seguido direto para o Garrick Theatre, ao invés de ir ao Statler Hotel, onde o Dr. Leo Dretzka o aguardava.
Como o mágico não chegava ao hotel, o médico decidiu ir ao teatro, onde encontrou Houdini dando duro para arrumar os equipamentos para o espetáculo que logo começaria.
Houdini foi examinado ali mesmo, no chão do camarim, e foi orientado a ir imediatamente ao hospital para se submeter a um exame de emergência do apêndice.
Mas o agente do teatro acabara de entrar no camarim para avisar que a platéia estava lotada.
Houdini então disse que todo aquele povo estava lá para vê-lo e que ele não iria desapontá-los.
Passados trinta minutos as cortinas do palco se abrem, enquanto Houdini aguarda na coxia o sinal para entrar no palco. Dado o sinal, o mágico adentra a cena e explica à platéia que estava um pouco cansado da viagem de mil milhas.
Após, da um sorriso e passa a fazer seus números de mágica.
Mas no meio do espetáculo Houdini se afasta e um assistente continua o numero que Houdini estava fazendo.
O estomago de Houdini ardia de dor.
Após as cortinas se fecharem para o intervalo, Houdini fica tonto e cai ao chão. Os assistentes o levam para o camarim e é constatado que o mágico estava com 104 graus de febre. Suor jorrava pelo rosto de Houdini. Houdini retoca a maquiagem e retorna ao palco, apresentando o espetáculo ate o fim.
Assim que as cortinas se fecharam, Houdini entrou em colapso, mas se negou a ser levado a um hospital, exigindo que o levassem de volta ao hotel. Bell sabia como lidar com a teimosia de Houdini e passou a ficar histérica.
Dr. Daniel E. Cohen, médico do hotel, foi chamado ao quarto e repetiu a orientação do Dr. Dretzka: Houdini deveria ser levado imediatamente a um hospital. Um cirurgião, Dr. Charles S. Kennedy, que chegara ao hotel as três horas da madrugada, reiterou a orientação. Mas Houdini só deixou que chamassem a ambulância após conseguir falar por telefone com seu médico particular em NY.
Já no hospital Houdini foi submetido a uma operação para retirada do apêndice rompido, mas nos três dias seguintes uma infecção passou a se disseminar pelo corpo do mágico.
Na sexta-feira, a infecção por streptococcus peritonitis se desenvolveu e uma nova intervenção cirúrgica foi realizada.
Mas não houve melhoras no estado de saúde de Houdini.
No domingo, 31 de outubro de 1926, às 13:26 horas, Houdini morria.
Duas mil pessoas se aglomeraram no salão principal do Elks Lodge, na Rua 32, Off Broadway, NY, para participarem do velório de Houdini.
Houdini foi enterrado ao lado da mãe, no jazigo da família no Machpelach Cemetery, em Cypress Hills, no Queens.
A data da morte de Houdini – 31 de outubro – se tornou o Dia Nacional da Mágica.
(Beatrice Houdini and Theodore Hardeen visit Houdini's grave)
Todo ano nesta data membros da Sociedade dos Mágicos Americanos visitam o tumulo de Houdini e realizam uma cerimônia da quebra de uma vara de mágico, em memória de Houdini.
Ainda hoje, mais de cem anos após sua ultima apresentação, Houdini continua a ser o principal nome da mágica mundial.
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