Posteriormente, retificou seu prenome no registro de nascimento para Harry.
O pai de Harry bebia pesado e ficava vários períodos longe de casa, tendo chegado a ficar três anos sumido.
Harry era ainda criança quando foi a uma apresentação de Kellar, em Chicago.
A partir daquele dia Harry faria da mágica seu hobby.
Seu primeiro emprego foi de marceneiro e, por sua habilidade, foi contratado para fazer caixas especiais para números de mágica.
Harry e seu irmão Paul começaram a fazer pequenas apresentações de vaudeville.
Quando Albini, o mágico polonês de 54 anos, morreu em seu quarto em um hotel de Chicago, Harry comprou vários de seus equipamentos, iniciando ali a carreira de ilusionista, sob o nome de Frederik, O Grande.
Sob este nome Harry se apresentou até a I Guerra Mundial. Mas como o nome Frederik não soava mais bem pela origem alemã, Harry tornou-se Blackstone.
Em 1917 Blackstone fez uma turnê pelo circuito americano de vaudeville, levando consigo dez assistentes, dentre os quais Inez Morse, sua esposa.
O mágico utilizava cavalo e até camelo em seus números. Blackstone também se especializou em números de escapologia, tal qual Houdini.
Algum tempo depois Blackstone veio a se divorciar de Inez e se casou posteriormente com uma de suas assistentes – Billie Mathews – com quem, em 20 de junho de 1933, teve um filho, Blackstone Jr..
Durante os anos da Grande Depressão Blackstone, tal qual Thurston, apresentava em cinemas shows de uma hora de duração. Quando Thurston morreu, em 1936, Blackstone o substituiu nos shows já agendados.
Blackstone era uma pessoa calma e tranqüila, o que fez com que salvasse várias vidas durante um show no Lincoln Theatre, em 02 de setembro de 1942.
No meio de um número um assistente se aproximou e sussurrou em seu ouvido que os prédios vizinhos estavam em chamas. Blackstone olhou de relance para a coxia e viu um bombeiro sinalizando desesperado para que interrompesse o show.
Blackstone calmamente avisou à platéia que seu próximo numero seria apresentado do lado de fora do teatro, pedindo para que a platéia, primeiro as seis primeiras fileiras e assim por diante, deixassem o teatro. O mágico foi o ultimo a sair.
Durante a II Guerra mundial Blackstone fez varias apresentações para as tropas americanas. Com o fim da guerra, voltou a fazer seus shows regularmente.
Blackstone sempre teve problemas respiratórios, mas nada comparado ao ataque de asma que sofreu durante uma apresentação em Atlanta, em março de 1945. Médicos o aconselharam a tirar férias e diminuir o ritmo de trabalho. Mas Blackstone fez justamente o contrário, agendando uma turnê de nove meses de costa a costa dos EUA. E ainda passou a apresentar um programa de rádio. Paralelamente, tinha suas aventuras contadas em dois gibis: Super Magician e Blackstone Master Magician.
Em novembro de 1950, Blackstone, agora separado da segunda esposa, se casa pela terceira vez, desta feita com Elizabeth Ross, que havia conhecido em um spa.
Blackstone fazia toda sorte de números de mágica, incluindo desaparições, aparições, flutuações, etc.
Em meados da década de 1950 Blackstone se apresentou nos canais de televisão CBS e NBC.
Nesta época Blackstone se apresentou em Nova Iorque, onde então estava morando, Detroit, onde introduziu ao público o mágico alemão Kalanag, e Washington.
Em 1960, Blackstone, com 74 anos, voou para Hollywood, para se apresentar como convidado especial de um programa na linha “Esta é Sua Vida”. O mágico gostou tanto do clima de Hollywood que acabou se mudando para lá. Pouco tempo depois era inaugurado o famoso The Magic Castle, há poucos quarteirões do apartamento de Blackstone.
Em 1965 a saúde de Blackstone começou a definhar, até que em 16 de novembro, com 80 anos, vem a morrer de edema pulmonar.
Blackstone Jr., que já havia trabalhado como assistente, continuou com o legado do pai.
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