♦ ♣ ♥ ♠ magis veritas oculata fide, quam et aures animus hominum infigitur (A verdade vista se fixa mais no espírito dos homens do que a ouvida) ♦ ♣ ♥ ♠
1.7.10
P. T. Selbit
Percy Thomas Tiblles nasceu em Londres, em 1879, filho de um assistente social e de uma mulher que dizia ter o dom da premonição.
Tiblles se interessou pela mágica ainda menino, ao assistir a um show de Maskelyne, no Egyptian Hall.
Ainda garoto, Tiblles trabalhou em uma loja que veio a ser vendida para Charles Morrit para que este pudesse armazenar os equipamentos que havia acabado de adquirir de Maskelyne.
Conhecendo os meandros da loja, foi fácil para Tiblles bisbilhotar os assistentes de Morrit manipulando os equipamentos mágicos.
Já um pouco mais velho, Tiblles escrevia artigos de mágica para um jornal e fazia pequenas apresentações privadas de mágica e hipnose.
Como Tiblles já começava a atuar profissionalmente, achou por bem mudar seu nome. Simplesmente inverteu seu sobrenome e retirou uma letra “t”, vindo a se apresentar como P. T. Selbit.
A foto de Selbit saiu na capa da revista Magic em 1900, tendo o editor apontado que o mágico de 21 anos teria uma carreira de sucesso.
Cinco anos após Selbit teria a sua própria revista – The Wizard – que fazia constantes menções a um novo mágico egípcio: Joad Heteb’s.
O egípcio faria por mais de um ano, a partir de 1905, apresentações em vários espaços de Londres, com o show "The Wizard of The Sphinx”.
O mágico egípcio fez turnê pela França, Alemanha e Rússia, retornando, após, para a Inglaterra. A esta altura a maioria dos agentes sabia que o “sábio da esfinge” era, na verdade, Selbit fantasiado de egípcio.
Selbit apresentou-se como ele mesmo em junho de 1909, em Londres.
Em 1911 ele fez uma turnê de costa a costa dos EUA com o show Pintura Espírita, que, como o próprio nome diz, consistia em uma tela de pintura em branco, na qual misteriosamente uma pintura surgia aos poucos.
Em 1913 Selbit apresentava ao público um novo número: Sombra Humana, no qual sombras misteriosas apareciam em uma tela iluminada no palco.
Selbit durante toda a sua carreira, mostrou-se um grande inventor, ora aprimorando velhos truques, ora criando novos.
Selbit também apreciava números de espiritismo e chegou a enganar Sir Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes.
A maior criação de Selbit foi apresentada ao público em janeiro de 1921. Uma assistente era fortemente amarrada dentro de uma caixa, a caixa era fechada e várias espadas eram transpassadas pela caixa, para ao final a assistente surgir ilesa de dentro da caixa. O número chamava-se “Sawing Through a Woman” e lotava os teatros.
Números similares feitos por outros mágicos (Goldin, Servais Le Roy, Leon) alimentavam uma rivalidade que só trazia publicidade a todos.
Visando ampliar seu público, Selbit criou várias unidades de sua companhia, passando a fazer turnês simultâneas pelos EUA, Europa, África do Sul e Austrália.
Seus shows envolviam, em grande parte, atos de tortura (transfixações, amputações, secções corporais), explorando, assim, os arquétipos sado-masoquistas do público.
P.T. Selbit morreu com 59 anos, no dia 19 de novembro de 1939, na Inglaterra.
Todos os maiores ilusionistas apresentaram ao menos uma vez, algum dos grandes números de ilusionismo criados por Selbit.
Selbit nunca pode apresentar todos os seus números em um único show: demandaria quatro horas ininterruptas de show, isto antes do primeiro intervalo.
Selbit é considerado o mais profícuo inventor do moderno ilusionismo de palco.
O número da mulher cortada ao meio é uma de suas criações.
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