24.7.10

Dunninger



Joseph Dunninger nasceu em 28 de abril de 1892, no Lower East Side de Manhattan, filho de imigrantes pobres da Alemanha.
Com 7 anos foi levado pelo pai para assistir a uma apresentação de Kellar, na Academia de Música de NY. Mesmo, anos depois, de assistir a shows de Herrmann, Thurston e Houdini, Kellar permaneceria para sempre como seu predileto.



Dunninger economizou dinheiro e foi ao Martinka’s Magic Shop comprar seus primeiros aparatos e livros de mágica, passando a se reunir com dois amigos para treinarem números de manipulação.



Com 16 anos Dunninger apresentava no Lenax Club aquilo que havia apreendido.

Dois anos depois, o Misterioso Dunninger oferecia ao público do templo maçônico do Brooklyn seus números de cartas, espiritualismo e mistérios do oriente.

Durante o dia Dunninger trabalhava na loja de departamentos de John Wanamaker.



Por coincidência, pouco tempo depois o mesmo John Wanamaker patrocinaria a maior temporada de Dunninger em um só local, um museu de cera na West 23th Street. Dunninger tinha então 25 anos. E corria atrás da fama.



No final de 1917 Dunninger estrearia um espetáculo de manipulação e escapologia em Hartford, Connecticut. Para anunciar a estreia, o mágico dirigiu pelas ruas da cidade com os olhos vendados, até descobrir o local em que um comitê de moradores locais havia previamente escondido um objeto.

Um ano depois Dunninger repetiria a façanha nas ruas do Bronx, mas para angariar fundos para um comitê de direitos humanos.

Dunninger passa a se concentrar nos estudos de mentalismo. Pouco tempo depois, ele estava pronto.



Como estratégia de marketing, Dunninger passa a dizer que era pesquisador que e que havia feito importantes descobertas acerca da mente humana, sem dizer quais eram estas descobertas. Dunninger também se apresentava como presidente da Sociedade Americana de Psiquismo.



Dunninger passou a fazer pequenas apresentações reservadas, nas quais distribuía aos presentes pedaços de papeis e pedia para que escrevessem uma data, nome ou palavra de livre escolha, pedindo para dobrassem os papeis quando tivessem terminado. Um voluntário recolhia cinco papeis livremente escolhidos e colocava-os dentro de um envelope. O envelope era fechado, jogado ao chão e era pedido ao voluntário que mantivesse um pé sobre o envelope, enquanto o mágico se distanciava, sentava a frente de uma mesa e passava a se concentrar. Para espanto de todos, Dunninger adivinhava o que as cinco pessoas haviam escrito.
O nome de Dunninger começava a tomas as páginas dos jornais. Era a fama chegando.





Muitos imputavam a Dunninger poderes paranormais e mediúnicos, mas Dunninger fazia questão de refutar tais imputações, dizendo que se tratava de ciência, invocando inclusive os estudos de Freud. Dunninger tinha 28 anos.

Durante alguns anos Dunninger fez apenas pequenas apresentações privadas para as mais abastadas famílias da cidade, como as famílias Tiffany’s e Vanderbuilt.



Em 1923 Dunninger passou a assinar uma coluna mensal na revista Science and Invention, na qual desmascarava suposto médiuns e paranormais, expondo os truques, Muitos mágicos ficaram furiosos e Dunninger foi expulso da Associação Nacional dos Conjugadores, a única a que havia se afiliado.

No ano seguinte apresentações para autoridades, como o Príncipe de Gales, renderam-lhe varias noticias estampadas nos principais jornais.

Em 1925 Dunninger abandona o vaudeville para fazer uma turnê com um espetáculo só seu. Após um ano de apresentações, Dunninger retorna ao alto vaudeville, apresentando-se com estardalhaço em Boston, Baltimore, Washington e na Broadway.

No inicio do mês de julho de 1927 Dunninger, com 35 anos, é autuado por estacionar em horário proibido próximo ao teatro em que se apresentava na Broadway. Levado perante o juiz, o magistrado indaga-lhe se ele é capaz de adivinhar o que ele estava pensando. Dunninger responde que sim, “Vossa Excelência esta pensando que eu não deveria parar meu carro próximo ao teatro em horário proibido”. O juiz admitiu que ele acertara e lançou um novo desafio, indagando se Dunninger sabia qual a pena que lhe seria imposta. Mais uma vez o mágico respondeu que sabia – cinco dólares ou dois dias de cadeia – e mais uma vez o juiz concordou que ele acertara. Dunninger pagou a multa e foi liberado. No mesmo mês Dunninger teve o carro roubado. Na delegacia foi indagado se conseguia adivinhar o local em que o carro poderia ser achado. Ele se concentrou e indicou um distrito no qual o carro acabou sendo achado.

Em julho de 1929 Dunninger estreou um programa de rádio, sem muito sucesso. Quatorze anos depois ele faria uma nova tentativa, mas agora com sucesso de audiência.



Dunninger tornara-se uma celebridade nacional.

Dunninger e Blackstone

Da radio Dunninger migrou em 1948 para a televisão, apresentando-se na NBC, CBS e ABC.




Por anos Dunninger desafiou os mágicos a descobrirem suas técnicas, que dizia serem fáceis. Mas quando, nos anos 60, alguns mágicos o fizeram, Dunninger ficou furioso.



Dunninger morreu no dia 9 de março de 1975, em sua casa em Cliffside Park, New Jersey.

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