31.10.10

James Randi


James Randi (Randall James Hamilton Zwinge) nasceu no dia 7 de agosto de 1928, em Toronto, Ontario, no Canadá.


Interessou-se pela mágica após ler alguns livros de mágica quando, por treze meses, ficou imobilizado por causa de um acidente de bicicleta. Ele surpreendeu os médicos, que acharam que ele nunca mais poderia andar.

Com 17 anos abandonou os estudos para fazer shows de mágica em um parque de diversão itinerante.

Nos seus trinta anos de idade trabalhou em night clubs da Filipinas, onde testemunhou muitos truques que eram apresentados como paranormais.



Randi começou a trabalhar como mágico de palco profissional e escapologista em 1946, primeiro com o nome verdadeiro, Randall Zwinge, e depois como The Amazing Randi.



No inicio da carreira, Randi participou de várias façanhas envolvendo suas fugas de celas e correntes.
Em fevereiro de 1956 apareceu ao vivo no The Today Show, permanecendo em um caixão de metal lacrado submerso na piscina de um hotel por 104 minutos, quebrando o que se dizia ser o recorde de Houdini com 93 minutes.



E meados da década de 1960, Randi foi o apresentador do The Amazing Randi Show em uma rádio de Nova Iorque. Também apresentou vários programas de televisão e fez várias turnês mundiais.



Durante a turnê do cantor Alice Cooper entre 1973 e 1974, Randi fez o papel de dentista e carrasco no palco, tendo desenhado e construído vários dos equipamentos de palco como a guilhotina.


Logo depois, em fevereiro de 1975, Randi escapou de uma camisa de força suspenso sobre a Niagara Falls, feito televisionado pela televisão canadense no programa World of Wizards.


Por volta de 1961, Randi foi contatado para fazer uma turnê na Florida.
Seus amigos de NY o alertaram que ele provavelmente se apresentaria para platéias segregadas por raças, motivo pelo qual antes de assinar o contrato exigiu que não fosse negada a venda de ingressos aos negros e que não houvesse qualquer separação por raças na platéia.Assim que entrou no palco viu que os negros haviam sido obrigados a assistirem o show separados dos brancos. De imediato Randi abandonou a turnê. E por interferência da American Guild of Variety Artists (AGVA), foi pago pela turnê inteira.


Certa vez Randi foi acusado de efetivamente usar a força da mente para fazer números como entortar uma colher, no qual replicava um numero de Uri Geller. Um professor da University at Buffalo acusou Randi de fraude. Randi confirmou que de fato tudo que ele fazia eram truques. O professor respondeu: Não foi isto que eu quis dizer. Você diz que usa truques mas na verdade você usa a força da mente, mas não admite isto para a gente.



Randi é o autor do livro Conjuring, de 1992, uma historia biográfica de mágicos notáveis. O livro foi expandido e transformou-se no livro Houdini, His Life and Art, de 1976. Randi também escreveu um livro infantil, The Magic World of the Amazing Randi, de 1989, no qual apresenta o mundo da mágica às crianças.



Randi ainda escreveu vários trabalhos educativos sobre paranormalidade e pseudociência, o que incluiu as biografias de Uri Geller e Nostradamus.



Randi ficou sob os holofotes internacionais em 1972, quando publicou um desafio questionando os supostos poderes de Uri Geller.



Randi acusou Geller de ser nada mais que um charlatão e uma fraude, que usava truques de mágica ordinarios para demonstrar seus alegados poderes paranormais. O desafio foi publicado na forma de livro: The Truth About Uri Geller.



Em 1991 Geller, sem sucesso, processou Randi, pedindo 15 milhões de dólares como indenização.



Randi foi um dos fundadores e membro proeminente do Committee for Scientific Investigation of Claims of the Paranormal (CSICOP).




Randi continuou a escrever livros nos quais criticava aqueles que praticavam ou acreditavam em paranormalidade e criou um projeto – Project Alpha – para desmascarar os farsantes que se diziam paranormais.

Project Alpha




Em 1996, Randi criou a James Randi Educational Foundation (JREF), também voltada para a questão das fraudes e charlatanismo envolvendo supostas paranormalidade.


Randi também é um ateu convicto, e escreveu um ensaio – Why I Deny Religion, How Silly and Fantastic It Is, and Why I'm a Dedicated and Vociferous Bright – no qual questionava vários fatos bíblicos, como a Virgem Maria, os milagres de Jesus e a travessia de Moises pelo Mar Vermelho, taxando-os de inverossímeis. Como exemplo, Randi se referia à Virgem Maria como uma mulher “engravidada por um tipo de fantasma e que como resultado deu à luz um filho que andava sobre a água, ressuscitava os mortos, transformava a água em vinho e multiplicava um pedaço de pão em peixes. Randi também questionava como Adão e Eva tiveram apenas dois filhos, tendo um matado ao outro, e mesmo assim povoaram o mundo sem cometer incesto. Randi dizia que o Mágico de Oz era mais crível que a Bíblia.



A James Randi Educational Foundation (JREF) oferece um premio de um milhão de dólares para qualquer um que conseguyir provar, sob supervisão cientifica, poderes paranormais. John Nevil Maskelyne e Houdini, em 1964, já haviam feito desafio semelhante.



Até hoje ninguém conseguiu ganhar o premio.

Em 1987, Randi tornou-se cidadão americano. Uma das razões alegadas para se naturalizar Americano foi um incidente durante uma turnê de Alice Cooper, na qual a Royal Canadian Mounted Police revistou os pertences da banda durante uma apresentação. Nada foi encontrado, mas o camarim virou uma balburdia.

Em fevereiro de 2006, Randi submeteu-se à implantação de um marcapasso, mas recuperou-se bem.



Em junho de 2009, Randi foi diagnosticado com câncer do intestino. Submeteu-se a quimioterapia e publicamente anunciou que quando morresse queria ser cremado e que suas cinzas fossem jogadas nos olhos de Uri Geller.


Com 81 anos, em março de 2010, Randi assumiu sua homossexualidade.

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